Fauna
FAUNA
Fauna Entre as Águas
Fauna terrestre

Javali
Nome científico: Sus scrofa
O javali é o antepassado do porco atual. É um mamífero de corpo robusto, que pode chegar a 1,80 cm de comprimento e a 1 m de altura. Podem atingir um peso de 200 Kg. Os machos são solitários juntando-se somente ao grupo na época reprodutiva. Os grupos (varas) têm uma ordem matriarcal e são constituídos pelas fêmeas, pelas crias e pelos jovens sexualmente imaturos, podendo ter cerca de 20 elementos familiares. O javali é um animal omnívoro de paladar muito afinado. Geralmente os javalis costumam-se encontrar em bosques de folhosas, onde aí encontram os locais ideais para se refugiarem e para se alimentarem.

Raposa
Nome científico: Vulpes vulpes
Mamífero carnívoro da família dos Canídeos de que se conhecem mais de vinte espécies. O seu peso pode variar entre os 4 e 15 quilos. A alimentação das raposas é muito variada, sendo na sua maior parte constituída por pequenos roedores (42,6%) e por vegetais e sementes (18,3%). Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves, insetos, minhocas, carne putrefacta e frutos silvestres.
Embora seja possível encontrá-las à luz do dia têm preferência marcada pela vida noturna. A raposa é um animal solitário exceto na época do cio. A vida social das raposas é muito reduzida, pois na maior parte da sua vida tentam evitar o encontro com outros indivíduos da espécie.

Sacarrabos
Nome científico: Herpestes ichneumon
É um carnívoro de médio porte castanho-acinzentado que, juntamente com a Geneta, representam a família Viverridae no nosso país. Não ameaçada, é uma espécie cinegética de caça menor. É um típico habitante dos matagais mediterrânicos, com subcoberto bastante denso (o seu focinho pontiagudo facilita-lhe a deslocação neste tipo de habitat) e, em geral, nas proximidades de linhas de água. Geralmente como toca utiliza luras abandonadas de coelhos que alarga com as fortes garras que possui nos cinco dedos.

Texugo
Nome científico: Meles meles
Carnívoro de médio porte pertencente a família Mustelidae. A espécie é facilmente reconhecida pelo seu padrão morfológico facial, onde apresenta pelagem branca com duas listas longitudinais negras da ponta do focinho até às orelhas. O texugo pode habitar em áreas muito diferentes. Os texugos são mais abundantes em zonas com algum relevo e heterogéneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótopos (como florestas caducifólias e mistas, matagais, sebes e terrenos agrícolas, margens de ribeiros) que lhes proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. O texugo vive em complexos de tocas (ou texugueiras) escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis.

Gineto
Nome científico: Genetta genetta
Tem aspeto e tamanho idêntico a um gato, porém proporcionalmente tem o focinho mais afunilado, as orelhas grandes, as patas pequenas. Habita preferencialmente em habitats florestais (de folha caduca ou persistente), com rios nas proximidades, porém é uma espécie generalista, podendo ser encontrada em outros habitats. Evita habitats abertos, ocorrendo em pequenas áreas florestais, terrenos agrícolas e pequenas áreas habitadas. Não evita a presença humana, observando-se muitas vezes na proximidade de aldeias . A gineta tem hábitos noturnos, passando o dia a dormir refugiada em grutas, árvores ocas, entre rochas ou em qualquer tipo de abrigo que a resguarde.

Cobra de Água
Nome científico: Natrix maura
É uma cobra de pequenas dimensões da família Colubridae presente em Portugal, Espanha, França, Sardenha e Norte de África. Ocorre grande parte das vezes associada a cursos de água, sendo boa nadadora, vindo daí o seu nome comum.
Esta cobra não é venenosa, mas adota uma postura defensiva imitando o ataque de outras cobras se perturbada, emitindo assobios e lançando-se para frente com achatamento da cabeça, emite um odor desagradável ou vómito para assustar potenciais predadores. Nunca morde e não abre a boca quando ataca.

Furão
Nome científico: Mustela putorius furo
O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico. Durante muito tempo, a principal utilização humana dada ao furão encontrava-se na caça, uma vez que, dotado de corpo magro e alongado e uma enorme curiosidade natural, o furão está adaptado para entrar em buracos e espantar roedores, ou coelhos para fora de suas tocas.

Coelho-Bravo
Nome científico: Oryctolagus cuniculus
Pode viver em grupos, em sistemas de túneis subterrâneos. Uma colónia típica tem 6 a 10 adultos de ambos os sexos. As colónias têm dominâncias distintas. Comunica através de sinais olfativos e toque, bate as patas traseiras no chão para avisar do perigo. Geralmente alimenta-se do crepúsculo até de manhã e passa os dias nos túneis.

Lebre
Nome científico: Lepus europaeus
É um animal muito conhecido, que se encontra entre as principais espécies cinegéticas. De origem estepária, abunda sobretudo em zonas agrícolas pouco humanizadas. As lebres não têm o hábito de dormir em tocas e dormem sob arbustos, sempre viradas para um ponto de saída estratégica em caso de ataque dos seus predadores.
Fauna aquática

Carpa-comum
Nome científico: Cyprinus carpio (L.)
A Carpa tornou-se uma espécie tipicamente de albufeiras e cursos de água com corrente fraca e muita vegetação. Tem o hábito de nas águas pouco profundas se fossar no fundo a fim de provocar turvação e costuma vir à superfície para aspirar o ar.É uma espécie omnívora de regime alimentar muito variado (come de tudo).

Barbo-comum
Nome científico: Luciobarbus bocagei
O Barbo é uma espécie autóctone da Península Ibérica. Tem preferência pelas mais fundas e rápidas correntes de rio com fundos de pedra ou gravilha. Alimenta-se maioritariamente de invertebrados, como pequenos crustáceos, larvas de insectos e moluscos. A desova ocorre de Maio a Julho depois do Barbo ter migrado pelo rio acima. Os ovos são venenosos.

Lúcio-perca
Nome científico: Sander lucioperca
Espécie não nativa, não se sabe exatamente se foi introduzida propositadamente ou acidentalmente.Prefere os fundos rochosos com águas turvas, no entanto, não é invulgar percorrer toda a coluna de água. Podem efetuar pequenas migrações para desova.Os adultos habitam rios grandes e turvos e lagos eutróficos, lagos costeiros salgados e estuários. Os exemplares em águas salobras, deslocam-se para água doce na altura da desova.

Lúcio-comum
Nome científico: Esox Lucius
Foi introduzido na Península Ibérica, em Espanha, no Rio Tejo, do qual se expandiu para alguns dos outros rios portugueses, como o Guadiana ocorrendo em menor quantidade em alguns dos principais rios situados a norte do país.Quando adulto o Lúcio é um peixe solitário, bastante voraz no seu ambiente natural e muito vigoroso na luta pela sobrevivência. Possui um corpo bem alongado, tendo uma cabeça e boca grandes, esta provida de várias fiadas de dentes pontiagudos e cortantes, cerca 700 dentes.

Siluro
Nome científico: Silurus glanis
Distingue-se de todos os outros peixes de água doce por ter dois barbilhos na cabeça. É uma espécie de grande dimensão que, até há bem pouco tempo (2014), não existia em Portugal, foi introduzida no Tejo por pescadores alemães que a pretendiam pescar no Tejo.O maior exemplar capturado em Portugal, segundo o jornal O MIRANTE, tinha mais de 50Kgs e mais de 190Cm.

Sável
Nome científico: Alosa alosa
As populações deste peixe nos rios portugueses têm diminuído drasticamente sobretudo no sul (nos rios Tejo, Sado e Guadiana). Os rios do norte (Mondego, Douro, Lima e Minho) mantêm ainda populações com alguma relevância. É considerada uma espécie vulnerável em Portugal.

Boga-comum
Nome científico: Chondrostoma polylepis
Originária do sul da península ibérica, entre os rios Guadiana e Guadalhorce. É, normalmente, encontrada nos trechos intermédios dos rios, em áreas com corrente e também, com alguma frequência, em águas paradas. Durante a época seca, refugia-se em locais com vegetação ripícola de estrato arbóreo bem desenvolvido. Ocorre em grupos, especialmente durante a migração pré-reprodução. Alimenta-se de invertebrados, plantas e detritos. A desova ocorre em Abril. Ameaçado devido à poluição e à introdução de outras espécies.

Perca-sol
Nome científico: Lepomis gibbosus
Atualmente, existe em grande escala no Alentejo e várias bacias hidrográficas de Portugal. Seus habitats predilectos são os açudes, algumas barragens e até lagos ou outro meio aquático que lhes reúna as condições necessárias para a sobrevivência.

Ablete
Nome científico: Alburbus alburnus
Foi detectado inicialmente na barragem do Caia. Provavelmente foi introduzido para servir de alimento para espécies piscívoras nomeadamente o Achigã. Propagou-se um pouco por todo o país. Habita águas abertas de lagos e rios médios a grandes. Forma grandes agregações em águas paradas durante o inverno

Pimpão
Nome científico: Carassius auratus
Ocorre principalmente em ambientes lênticos com vegetação abundante e substrato fino muitas vezes perto da margem em águas calmas podendo ocorrer em cursos de água de baixa velocidade e vegetação abundante e fundos arenosos. Muito resistente à má qualidade da água e a níveis baixo de oxigénio dissolvido na água. Vive melhor em águas frias.

Achigã
Nome científico: Micropterus salmoides
Caracteriza-se como um peixe de águas temperadas ou pouco frias suportando temperaturas extremas com baixa concentração de oxigénio, habitando em locais com vegetação aquática nas albufeiras e lagoas, aparecendo também em alguns troços médios e inferiores dos rios, e habitualmente vive solitário ou em pequenos grupos. É uma espécie de superfície não excedendo normalmente os 7 metros de profundidade e que suporta bem as águas salobras.

Enguia
Nome científico: Anguilla anguilla
É uma espécie marinha com uma fascinante história migratória e com um ciclo de vida em água doce e outro no mar. Possui um corpo muito alongado e cilíndrico, com aparência serpentiforme, de dorso esverdeado e ventre claro, com escamas minúsculas e ovais e uma barbatana dorsal que se une à caudal e anal e com as peitorais curtas. Apresenta um focinho pequeno e cónico com 2 pares de narinas e de boca larga onde a maxila inferior ultrapassa a superior, ambas com pequenos dentes muito fortes e aguçados.

Peixe-rei
Nome científico: Atherina presbyter
Espécie de pequeno tamanho, com duas barbatanas dorsais bem separadas. O olho é muito grande ocupa a maior parte da cabeça. Corpo esbranquiçado, transparente quase translúcido.

Peixe-gato
Nome científico: Ictalurus punctatus
É comum em lagos, tanques e lagoas onde é usado como peixe de ornamentação. Tem quatro pares de barbilhos. Os exemplares de maior dimensão podem ultrapassar os 15Kg.Não é uma espécie que um pescador recreativo goste de pescar, normalmente é apanhada com isco para outras espécies.

Saramugo
Nome científico: Anaecypris hispânica
É o mais pequeno peixe da fauna da bacia do Guadiana. O seu comprimento raramente ultrapassa os 7 cm, sendo que, regra geral, as fêmeas são maiores que o macho. Possuem um corpo estreito, coberto com escamas finas e pequenas de coloração prateada na zona do ventre, castanho-claro na zona dorsal e quase amarelo na lateral, apresentando por vezes reflexos rosados e alguns pontos negros espalhados pelos flancos.